quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Skatistas discutiram políticas para o esporte em conferência livre

A Confederação Brasileira de Skate (CBSK) realizou no dia 21 de janeiro a 2º Conferência Livre na cidade de São Paulo, na sede da União Nacional dos Estudantes (UNE). Facilitada pelos Diretores da CBSK, Mario Hesketh e Edson Scander, a reunião contou com 20 importantes lideranças do skate brasileiro, entre eles César Gyrão (editor da Revista Tribo Skate, Helga Simões (da ESPN Brasil), Paulo Folha (FLH/ Planet Skate/ PS Trucks) Ramon Oliveira (40 polegadas) Renato Taroba (Presidente da Federação Paulista de Skate), Sidney Arakaki (Retta Skate), Sandro Testinha (idealizador do maior programa de inclusão social utilizando o skate realizado a Fundação Casa, ex Febem), Christie Aleixo (BOM DROP!), Marcos Hiroshi (revista 100 % Skate), Uriel Baesso do Prado (Sk8.com.br - Skate Brasileiro na Internet) Caludinei Bio (Associação de Skate da Zona Sul), Ronaldo Cordeiro (Fotografo Sk8 e 40 Polegadas) Fabrício Fuska (Fuska Obstáculos) além de personalidades do mercado e da indústria do skate. Foi discutido a importância do Governo Federal apoiar as ações do skate brasileiro, e o fato de que a Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude pode ser um instrumento de melhorar a comunicação e buscar efetivamente o apoio da União. Foi falado das reuniões mantidas pela CBSk, desde 2003, com o Ministério dos Esportes, e a apresentação do Plano Nacional de Skate. Outra questão presente nos debates foi a falta de recursos, especialmente o fato da lei Agnelo/Piva direcionar as verbas apenas para os esportes olímpicos, gerando distorções como a Confederação Brasileira de Desportos do Gelo receber quase R$ 1 milhão anuais, enquanto o skate fica de fora deste financiamento. Também foi colocada a importância do tombamento de pistas que integram o patrimônio histórico do skate brasileiro, como o paço Municipal de São Bernardo, Itaguará Contry Club, Volta da Jurema (CE), Pista da Marinha e Swell (RS), Clube 12 de Agosto (SC), Ambiental e Gaúcho (PR), Campo Grande, Rio Sul, Arpoador e Búzios (RJ), entre outras pistas que merecem ser preservadas pelo seu valor histórico, cultural e esportivo na vida de milhares de jovens do país.

O apoio aos atletas mediante Bolsa Atleta também foi bastante realçado em todas as intervenções da noite, sendo que a lei apresenta uma série de exigências que dificultam o apoio a um esporte como o skate, com suas peculiaridades próprias. Outra situação foi a questão da proibição da prática de skate em algumas cidades do país, por meio de leis municipais. Ou casos como o da cidade de São Paulo, onde a prefeitura inviabiliza a prática do skate, com iniciativas como a colocaçao de faixas de paralelepípedos na principal via de concentração de praticantes de skate na Ladeira do Alves. Estes fatos todos apontam a necessidade de elaboração de uma Lei Nacional do Skate, que garanta em âmbito nacional:

A) a livre prática do skate em todas as ruas, praças e escolas do país;

B) o financiamento do esporte;

C) o tombamento de pistas históricas;

D) a obrigatoriedade dos construtores de pistas (públicos e privados) comunicarem a CBSk para evitar desperdício de recursos;

E) a declaração da CBSk como entidade nacional de utilidade pública;

F) a inclusão no Código Nacional de Trânsito de penalidades aos condutores de veículos que não respeitarem os skatistas;

G) a definição do Dia Nacional do Skate.


Quanto ao Dia Nacional do Skate, foi proposto a realização de uma "Skatada" que seria realizada simultaneamente em todo país, assim como a realização do II Congresso Brasileiro do Skate, objetivando discutir de forma mais abrangente os rumos do skate nacional. Foi tirado o indicativo de que a Federação Paulista irá orientar todas as associações do estado de São Paulo a realizarem conferências livres, visando discutir as dificuldades e os anseios dos praticante de skate.

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